sábado, 28 de maio de 2011

O computador pode ser um grande aliado na alfabetização de adultos


 Inicialmente a Professora Emilia Ferreiro fala sobre o uso dos computadores para jovens e adultos, como uma alternativa para alfabetização, sujeitos que na maioria das vezes executam trabalhos pesados e nunca tiveram contato com papel e lápis, oferecer-lhes um outro instrumento para executar os trabalhos e dar-lhes acesso ao mundo tecnológico, pode despertar maior interesse nas tarefas da sala de aula.
Seguindo, passa para a sala de aula onde os educandos inciam o trabalho no computador auxiliados por uma professora.
Salientamos que é uma alternativa de alfabetização, um direito que o educando EJA tem de acesso as tecnologias.
Não é por ser um sujeito que nunca tenha estado em contado com um computador que não possa utilizar este metódo, pois respeitar seus saberes não significa deixar onde está e sim a partir dali insentivá-lo a traspor os limites do conhecimento para que a educação seja realmente educação ou seja o significado da origem da palavra em latin 'educare' tirar de dentro, todos tem condições de apreender depende muito da abilidade dó professor.

sábado, 21 de maio de 2011

Phrónesis Aristotelica


Buscamos em Aristoteles, saber sobre a maneira de a razão interferir nas ações. Ou seja, procurou-se, na Ética a NIcomacos, subsídios para compreender de que forma os humanos podem agir de forma ponderada, considerando que nossa motivação partiu da constatação de que este tipo de atuação é cada vez mais difícil no contexto contemporâneo. Não nos interessou saber se esta proposta tem aplicação ou não, e sim, saber se haveria ou não alternativa a ela.
Nos ocupamos, para isso da classificação dos saberes. Ela foi fundamental pois a distinção dos conhecimentos pôde nos mostrar que o saber prático, que está ligado a prâxis humana tem uma especificidade que o diferencia do saber produtivo, tão comum nos dias atuais, e que tem seu objetivo na fabricação de objetos, e também do saber teórico, cuja finalidade é o conhecimento do universal. Acumulamos sobre o sentido e a divisão da alma, o que nos deu subsídio para saber o sentido da phrónesis, que exatamente faz a ponte entre a parte calculativa, racional, e a sensitiva, irracional, da alma. Dessa forma, identificamos a função própria do homem, o que de melhor possui, como exercício da racionalidade.
A razão, seguindo o pensamento de Aristóteles, concede ao homem a capacidade de escolher as melhores ações a serem praticadas visando sempre a um bem final, próprio e comum a todos. É ela que informa o fim bom de todo o agir e que, por isso dá condições para que, pela phrónesis seja possível deliberar e escolher os meios mais adequados para ser feliz. Dessa forma, a finalidade da ação está estreitamente articulada à virtude.
Mesmo havendo várias virtudes morais todas são mediadas pela racionalidade a qual somente é possível pela intervenção da phrónesis, que pela deliberação investiga os melhores meios para chegar ao fim, que é o bem, e informa a escolha concreta que determina a ação. A principal característica da virtude ética é buscar o meio termo evitando os extremos, que comprometem o agir virtuoso e, comprometendo-o também comprometem a possibilidade de alcançar o fim último que é a eudaimonía.
A phrónesis tem a responsabilidade de estabelecer a ligação da faculdade irracional com a faculdade racional. Ela possibilita ao phrónimos uma compreensão verdadeira de eudaimonía. Porque o phrónimos, que é possuidor das virtudes éticas, tem a capacidade de escolher o que é melhor e sente prazer em escolher, isto porque suas ações estão em harmonia tanto com as virtudes intelectuais quanto com as virtudes éticas.
Aristóteles destaca as formas de vida pelas quais se chega ou não à eudaimonía. Diz que a vida que busca os prazeres não poderia ser capaz de felicidade pois se assemelha a dos animais. Sendo que somente o ser humano pode ser e ter conciência de eudaimonía, não lhe é suficiente viver o prazer; ele precisa dirigir o prazer pela razão. A forma de vida que busca riquezas também não pode levar a eudaimonía pois as riquezas visam outro fim que não elas mesmas. A vida que busca honrarias fere a autonomia do homem, visto que a honra depende mais do reconhecimento dos outros do que do próprio agente. A vida contemplativa, dada aos sábios, não requer nada exterior, a não ser o puro ato de pensar, mas esta forma de vida se assemelha a dos seres divinos e estaria fora do alcance da maioria dos homens, que possuem necessidades, ou seja, a condição humana lhes impõe necessidades. A busca é pelo bem que os homens podem alcançar considerando a condição humana, por isso, a realização da eudaimonía na vida ativa. A vida contemplativa e a vida ativa são distintas, ambas fundamentais, mas entre elas há uma relação da primeira para a segunda e não da segunda para a primeira, ou seja, para a vida contemplativa requer-se a vida ativa, o que não se pode esperar do contrário: para ser phrónimos não precisa ser sábio, mas espera-se que o sábio também seja phrónimos.
A ética aristotélica não diz para eliminar os sentimentos, mas alerta para a capacidade racional de poder educar, disciplinar os sentimentos. Diz que a eudaimonía depende de cada um de nós, do que podemos realizar por nós mesmos. Evitando os extremos estar-se-á no melhor caminho para atingir o fim de todo ser humano que, independente o século em que vive, de sua efetivação, é o bem maior que todos buscamos a eudaimonía.